Conselho Supremo Militar e de Justiça

Área de identificação

tipo de entidade

Entidade coletiva

Forma autorizada do nome

Conselho Supremo Militar e de Justiça

Forma(s) paralela(s) de nome

  • CSMJ

Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras

Outra(s) forma(s) do nome

identificadores para entidades coletivas

área de descrição

datas de existência

01/04/1808 a 23/02/1891

história

Napoleão, ao conquistar quase toda a Europa Ocidental, promoveu uma verdadeira guerra contra um antigo inimigo francês: a Inglaterra, país mais rico à época. As batalhas travadas não conseguiram tirar a supremacia inglesa, que gozava de uma posição peninsular que lhe dava enorme vantagem nos combates.
A solução, para tentar quebrar essa superioridade dos ingleses, foi econômica. A Franca impôs um bloqueio continental: a Europa não podia mais comercializar com a Inglaterra. Portugal, todavia, era a brecha dessa restrição. Assim, em novembro de 1807, tropas francesas avançaram sobre o país, obrigando o príncipe regente, Dom João, a tomar uma rápida decisão: fugir para o Brasil.
A chegada da Família Real Portuguesa trouxe todo um aparato burocrático-administrativo e cultural à colônia: ministros, conselheiros, juízes da Corte Suprema, arquivos do governo, várias bibliotecas, patentes do Exército e da Marinha começaram a fazer parte do cotidiano colonial.
A ocupação francesa em Portugal fez a Coroa tomar decisões condizentes com a nova realidade. Logo após sua chegada, em 28 de janeiro de 1808, promulgou-se uma carta régia, que impunha a abertura dos portos brasileiros a outras nações, colocando fim a um monopólio colonial de mais de 300 anos.
Com o alvará de 1º de abril de 1808, o Brasil organizou sua justiça militar ao criar o Conselho Supremo Militar e de Justiça, que se dividiu em dois ramos: o Conselho Supremo Militar e o Conselho de Justiça. O primeiro ramo tratava de assuntos administrativos referentes ao Exército e à Marinha, como requerimentos, cartas-patentes, promoções, soldos, reformas, nomeações, lavratura de patentes e uso de insígnias.
Ao segundo ramo competia julgar, em última instância, os processos criminais dos réus sujeitos ao foro militar, depois de os processos terem passado pelo Conselho de Guerra, primeira instância da justiça castrense.
O Conselho Supremo de Justiça Militar foi extinto apenas em 1891, dessa forma perpassou parte do período colonial, todo o Império e início da República, transformando-se, com a nova Constituição, em Supremo Tribunal Militar.

Locais

Sede: Cidade do Rio de Janeiro (Capital Federal, à época).

status legal

Poder Executivo

funções, ocupações e atividades

O Conselho exercia funções administrativas e judiciárias, julgando, em última instância, os processos criminais dos réus sujeitos ao foro militar.

Mandatos/Fontes de autoridade

Nome: Conselho Supremo Militar e de Justiça
Legislação: Alvará de 01/04/1808
Membros: 15
Título: Conselheiros de Guerra, Conselheiros do Almirantado e Vogais
Poder: Poder Executivo

Estruturas internas/genealogia

contexto geral

Sedes do Tribunal

1ª Sede: Período: 1808 - 1905
Desde a criação em 1808 até 1889, o Conselho Supremo Militar e de Justiça funcionou, inicialmente, em dependências provisórias do Ministério da Guerra. Após 1811, com a construção do Quartel-general no Campo de Santana, esteve ali instalado, num lugar considerado sítio histórico "palco e testemunha de fatos que mudaram o curso da História Nacional (...) onde ocorreram a Aclamação de D. João VI, o Dia do Fico, a Aclamação de D. Pedro I, a Abdicação de D. Pedro I, o Juramento Constitucional de D. Pedro II e a Proclamação da República".

Área de relacionamento

Entidade relacionada

Supremo Tribunal Militar (24/02/1891 a 18/09/1946)

Identificador da entidade relacionada

SUPREMOTM

Categoria da relação

temporal

Tipo de relação

Supremo Tribunal Militar é o sucessor de Conselho Supremo Militar e de Justiça

Datas da relação

Descrição da relação

Área de ponto de acesso

Ocupações

Área de controle

Identificador do registro de autoridade

STM

Identificador da instituição

Superior Tribunal Militar

Regras ou convenções utilizadas

Conselho Internacional de Arquivos. ISAAR(CPF): norma internacional de registro de autoridade arquivística para entidades coletivas, pessoas e famílias/tradução de Vitor
Manoel Marques da Fonseca. 2. ed., Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2004. 99 p.; 30 cm. Publicações Técnicas; nº 50. Adotada pelo Comitê de Normas de Descrição, Canberra, Austrália, 27-30 de outubro de 2003. ISBN: 85-7009-071-4

Status

Nível de detalhamento

Datas de criação, revisão e eliminação

Data de criação: 22/05/2017
Descrição: Alexandre Guimarães

Idioma(s)

  • português do Brasil

Sistema(s) de escrita(s)

  • latim

Fontes

Notas de manutenção

  • Área de Transferência

  • Exportar

  • EAC