Área de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 14/04/1943 a 04/10/1943 (Produção)
Nível de descrição
Dimensão e suporte
Dimensão: 106 folhas; 1 volume.
Suporte: papel.
Área de contextualização
Nome do produtor
Nome do produtor
História administrativa
Com o advento da República, deu-se a extinção do Conselho Supremo Militar e de Justiça. A Carta republicana de 1891 não inseriu, no título destinado ao Poder Judiciário, nenhuma referência à Justiça Militar, apenas prevendo, em seu artigo 77, foro especial para os crimes militares de terra e mar, preconizando a existência do Supremo Tribunal Militar e dos Conselhos destinados ao julgamento de delitos.
Segundo Bastos (1981), até 1893, a presidência do Conselho era exercida pelo chefe de Estado. Assim, pela presidência passaram o príncipe regente Dom João, os imperadores Pedro I e Pedro II e os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.
Em 18 de junho de 1893, pelo Decreto Legislativo nº 149, foi regulamentado o Supremo Tribunal Militar, com a composição de quinze ministros, sendo quatro da Armada, oito do Exército e três togados. Também foi regulado, pelo mesmo decreto, o exercício da presidência do Tribunal, que coube ao "general" mais graduado que dele fizesse parte.
O Decreto nº 14.450, de 30 de outubro de 1920, que instituiu o Código de Organização Judiciária e o Processo Militar, reduziu a nove o número de ministros do Supremo Tribunal Militar, sendo dois da Armada, três do Exército e quatro togados, estes escolhidos entre os auditores de segunda entrância ou entre bacharéis em direito com seis anos de prática, de preferência magistrados. O mesmo decreto inovou ao prescrever a eleição do presidente e do vice-presidente da Corte. Em 1926, ocorreu nova alteração pelo Decreto nº 17.231-A, que instituiu o Código de Justiça Militar, aumentando o número de ministros para dez, agora três do Exército, dois da Armada e cinco entre magistrados e bacharéis em direito.
Foi a Constituição de 1934 que atribuiu ao Supremo Tribunal Militar o status de órgão do Poder Judiciário. Com isso, foi eliminada a competência administrativa, mantendo-se a função jurisdicional. Permaneceu, todavia, na esfera infraconstitucional o disciplinamento de sua estrutura e funcionamento. Nesse mesmo ano, o número de ministros foi, mais uma vez, aumentado, passando a onze (Decreto nº 24.803, de 14 de julho): quatro tirados entre os generais efetivos do Exército e três dentre os da Armada, e quatro civis, sendo três tirados entre os auditores e um entre os cidadãos de notável saber especializado em ciências sociais.
A criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941, exigiu nova modificação na estrutura do Supremo Tribunal Militar para inclusão de integrantes daquela Força. O Decreto-Lei nº 4.235, de 6 de abril de 1942, manteve em onze o número de membros, sendo três do Exército, dois da Armada, dois da Aeronáutica e quatro civis.
Com a Carta Magna de 1946 e a redemocratização do Brasil após o Estado Novo, nasce o Superior Tribunal Militar, que teve importantíssima atuação durante a Revolução de 1964.
Entidade custodiadora
História do arquivo
Autuado na 2ª Auditoria da Marinha da 1ª Circunscrição Judiciária Militar, no Rio de Janeiro, como Inquérito Policial Militar n. 2.351, em 14/04/1943, e mandado arquivar pelo Juiz-Auditor, em 14 de maio de 1943. Recorrido ao Supremo Tribunal Militar como Recurso Criminal n. 2.747, de 02/06/1943, e julgado em 23/06/1943. Arquivado no Supremo Tribunal Militar, sob o mesmo número, em 04/10/1943.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Inquérito policial militar instaurado para apurar o motivo por que o Capitão Euclydes de Almeida Basilio, Comandante do navio mercante nacional "Affonso Pena", que, deixando o porto de Recife em 27 de fevereiro de 1943, abandonou o comboio a que estava incorporado e seguiu para o sul, no que acabou sendo torpedeado e afundado por um submarino nas alturas dos Abrolhos no dia 2 de março.
Avaliação, seleção e eliminação
Incorporações
Sistema de arranjo
Condições de acesso
Sem restrição de acesso, dando-se preferência ao acesso on-line, caso este esteja disponível no sítio do Superior Tribunal Militar.
Caso não esteja, o documento poderá ser solicitado à Ouvidoria do STM por meio do link: https://sei.stm.jus.br/controlador_externo.php?acao=ouvidoria&acao_origem=ouvidoria&id_orgao_acesso_externo=0.
Condiçoes de reprodução
Sem restrição de reprodução, mediante autorização e compromisso de crédito.
Idioma do material
latim
português do Brasil
Sistema de escrita do material
latim
Notas ao idioma e script
Instrumentos de descrição
Área de materiais associados
Existência e localização de originais
Arquivo do STM, acervo de Recursos Criminais, Caixa 60, processo n. 2.747.
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Área de notas
Nota
Em 27 de fevereiro de 1943, o navio mercante nacional "Affonso Pena" deixou o porto de Recife, juntamente com três outros navios nacionais mercantes e um cargueiro inglês, constituindo o trem do comboio que vinha escoltado pelo cruzador "Baía", o N.M. "Cabedelo" e o C.S. "Gurupi", sob o comando do primeiro, todos da Marinha de Guerra brasileira, vindo o dito comboio fazer junção, no dia 28 de fevereiro, com outro trem de navios de nacionalidade aliada, passando o conjunto a constituir um único comboio, sob a mesma escolta. No dia seguinte, 1º de março, o "Afonso Pena", sem escolta e desmembrado do resto do comboio, decidiu seguir para o sul, quando, no dia 2 de março, nas alturas dos Abrolhos, foi torpedeado e afundado por um submarino.
Identificador(es) alternativos
Pontos de acesso
Pontos de acesso de assunto
- Navio Afonso Pena
- Código Penal para a Armada (1891) » Art. 127, 1º, do Código Penal para a Armada (1891)
- Naufrágio
- Navio mercante, naufrágio
- Estado de guerra
- Guerra (evento histórico) » Guerra Mundial » Segunda Guerra Mundial (1939-1945)
- Crime militar em tempo de guerra » Favorecimento ao inimigo » Inobservância do dever militar » Abandono de comboio
- Recurso criminal, provimento, negação
- Recurso criminal, indeferimento
- Crime militar em tempo de guerra
- Arquivamento de processos
- Arquivamento dos autos, decisão
Pontos de acesso local
- Brasil » Pernambuco (PE) » Recife
- Brasil » Bahia (BA) » Abrolhos
Ponto de acesso nome
- Euclydes de Almeida Basilio (Envolvido(a))
- Waldemiro Gomes Ferreira (Procurador(a))
- Cardoso de Castro, Ministro Mario Augusto* (Relator(a))
- Magalhães de Almeida, Henrique Alberto* (Auditor(a))
- Adalberto Barreto* (Promotor(a))
Pontos de acesso de gênero
Área de controle da descrição
Identificador da entidade custodiadora
Idioma(s)
português do Brasil
Sistema(s) de escrita(s)
latim
Nota do arquivista
Consultou-se o tópico "Navios brasileiros afundados na Segunda Guerra Mundial" na Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Navios_brasileiros_afundados_na_Segunda_Guerra_Mundial. Acesso em: 20 out. 2017.